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Fatores que contribuem para o estresse ocupacional

  • Angélica Neris - psicóloga e professora
  • 16 de fev. de 2015
  • 2 min de leitura

Atualizado: 24 de ago. de 2023





A partir da globalização diversos fatores contribuem, direta e indiretamente, na produtividade e qualidade de vida do profissional. A alta competitividade, a ascensão da mão de obra terceirizada, a concorrência acirrada e carga horária cada vez mais longa etc. geram um desgaste, tanto fisiológico quanto cognitivo.


Os profissionais que estão submetidos a grandes responsabilidades, a velocidade nas decisões e outros determinantes que exigem apresentações de resultados continuamente, tendem a renunciar seu tempo de lazer e de descanso necessário para o corpo. Neste ambiente, característico desta nova era de profissionais, o estresse ocupacional tem se tornado cada vez mais recorrente.


O estresse ocupacional está ligado aos estímulos do ambiente de trabalho que exigem respostas adaptativas por parte do trabalhador e que excedem sua habilidade de enfrentamento; estes estímulos são chamados de estressores organizacionais.


A caracterização de um fenômeno de estresse depende da percepção do indivíduo em avaliar os eventos como estressores, portanto o cognitivo tem papel importante no processo que ocorre entre os estímulos potencialmente estressores e as respostas do indivíduo a eles, sendo capaz de perceber e avaliar demandas do trabalho como estressoras que excedendo a sua habilidade de enfrentamento causam no sujeito reações negativas a nível psicológico, fisiológico e comportamental. Um trabalhador que relata a existência de excesso de trabalho pode não considerá-lo como prejudicial, mas como positivo e estimulante, devido características situacionais e pessoais que interferem no julgamento do individuo.


O estresse é considerado como uma das principais causas de demissões e afastamento do trabalho o que tem levantado preocupação e estudos. Atribui-se a empresa grande parte do stress existente nos ambientes de trabalho, no entanto, vale examinar mais cuidadosamente as naturezas destes conflitos.


Para Dejours, o estresse não é uma doença, mas um descontrole de uma função natural e normal do organismo. Nessa perspectiva, deve-se buscar um equilíbrio nos níveis de estresse, de forma a que ele contribua para o desempenho do indivíduo sem ameaçar-lhe o bem estar. Para este autor o ser humano vem passando por várias mudanças, as quais têm alterado seu modo mais natural de viver. Por exemplo: a passagem da vida rural para a vida urbana, a passagem do estacionário para o móvel, da autossuficiência para o consumo, do isolamento para a interligação, e da atividade física para a vida sedentária. O ritmo acelerado dessas mudanças afeta direta e indiretamente o homem, diminuindo seus níveis de bem-estar físico e mental.


O ambiente de trabalho tem papel relevante nesse processo, visto o tempo de permanência, a natureza e a intensidade de relações que o indivíduo nele desenvolve. Por outro lado, o elevado número de agentes estressores presentes na sociedade atual exige uma adaptação constante do homem ao seu meio, causando-lhe permanente tensão, que o leva a agredir a si próprio.

Dessa forma, pode-se, dependendo da pessoa, desenvolver problemas que variam de transtornos psicológicos e desânimo a sintomas físicos que desencadeiam doenças graves.



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